As Experiências prometem transportar os convidados aos
cenários de cultura, beleza natural e história. A Experiência África e Experiência
Ceará serão marcadas por momentos de descoberta, aprendizado e aventura.
A arquitetura da África do Sul é um reflexo da rica e
complexa história do país, que é marcada por influências culturais e sociais
diversas, além de um passado de colonização e segregação racial. Ao longo dos
séculos, a arquitetura sul-africana tem uma série de estilos, desde as construções
tradicionais dos povos indígenas até as influências europeias e, mais
recentemente, as tendências contemporâneas.
Antes da chegada dos colonizadores, os povos indígenas
da África do Sul, como os Zulus, Xhosas e Sothos, construíam as habitações
utilizando materiais locais, como madeira, palmeiras e argila. As casas
tradicionais, como o “rondavel” (uma estrutura circular com teto de
palha), são exemplos desse tipo de construção, muito comum nas zonas rurais do
país. Esses edifícios são perfeitos para o clima e ao estilo de vida nômade ou
semi-nômade dos povos, com um forte vínculo com a natureza ao redor.
Quando os colonizadores holandeses chegaram no século
XVII, iniciando um período de dominação que perduraria por séculos, a
arquitetura sul-africana passou a ser influenciada pelos estilos europeus. A
cidade do Cabo, por exemplo, apresenta uma forte influência neerlandesa e georgiana,
com edifícios de pedra, telhados inclinados e pequenas janelas. Mais tarde, com
a chegada dos britânicos, as influências vitorianas e eduardianas também se
fizeram sentir, refletindo-se em edifícios públicos e residenciais, como
igrejas e mansões.
Hoje, a arquitetura da África do Sul é um cenário
dinâmico que abraça o design moderno enquanto ainda preserva o patrimônio
cultural. Norman Foster, o arquiteto britânico, projetou o icônico Edifício da
Cidade do Cabo, uma das maiores estruturas comerciais da cidade, que integra
princípios de sustentabilidade. Além disso, a África do Sul é um centro de
inovação no design de casas e museus, como o Museu Apartheid em Joanesburgo,
que foi projetado para lembrar as atrocidades do regime de apartheid e a luta
pela liberdade. Arquitetos locais, como Gerhard Kester e Thomas Chapman, estão
criando projetos que misturam a estética africana tradicional com as tendências
modernas globais, destacando a diversidade cultural do país.
Já a arquitetura do Ceará reflete uma rica fusão de
influências culturais, históricas e ambientais, criando um cenário único no
Brasil. A diversidade das suas construções vai desde o período colonial até as
mais contemporâneas, e cada fase histórica deixou marcas no estado. No início
da colonização, a arquitetura no Ceará foi fortemente influenciada pelo estilo
barroco, que é visível em diversas igrejas e conventos da região. A utilização
de materiais locais, como o adobe e o pedra, tornou as construções mais
adaptadas ao clima quente e seco da região.
Com o avanço do império, a arquitetura do Ceará também
se modernizou, especialmente no final do século XIX e início do século XX.
Fortaleza, a capital do estado, passou a adotar uma estética neoclássica e
eclética, com prédios de influência europeia. Nos últimos anos, o Ceará tem
experimentado um crescimento significativo e uma renovação arquitetônica.
Fortaleza, além de preservar o patrimônio histórico, também abriga uma
arquitetura contemporânea, com o uso de vidro, concreto e aço, adaptando-se às
necessidades modernas de urbanização.
A arquitetura no Ceará é também marcada por um forte
vínculo com as tradições locais. A utilização de palmeiras, madeira de carnaúba,
telhados com beirais longos, varandas e o uso de cores vibrantes nas fachadas
são elementos que remetem ao clima quente e à cultura local.