Contextualizar a arte da iluminação minimalista e abordar como a iluminação pode ser usada de forma simples e estratégica para criar ambientes elegantes e funcionais esteve no roteiro do Road Show. A palestra que focou na qualidade ao invés da quantidade, explorou como poucos elementos de luz podem transformar o espaço, valorizando a atmosfera e a essência do ambiente.
O mundo minimalista já está no nosso cotidiano. O minimalismo é uma corrente estética e filosófica que busca a simplicidade, eliminando o que não é necessário e focando na essência. Um conceito que se manifesta em várias áreas como a arte, arquitetura e no nosso dia a dia. O minimalismo surge em propostas desde carros, bebidas até nas nossas roupas e no design de interiores. O minimalismo veio fazer uma mudança e no segmento de iluminação está transformando os projetos através do bem-estar, sofisticação e performance. Um conceito que faz ainda mais sentido aliando todos os tipos de iluminação focada, direta, indireta e difusa, privilegiando a luz natural e apostando nos elementos artificiais ao anoitecer. A grande diferença do minimalismo na iluminação é o bem-estar.
As referências para aplicar a iluminação minimalista são baseadas, por exemplo, na linha picco que tem até 1/9 do tamanho. Redução comparada entre uma luminária com lâmpada e uma picco. Uma atualização de produtos que têm a função de reduzir a lâmpada. Uma linha com todos os modelos desde a luz difusa, assimétrica, pontual até projetoras. Possibilidades para trazer uma solução e performance no projeto. O minimalismo pode reduzir o tamanho, mas não pode perder em eficiência. De forma geral, o IRC muda para RF. A métrica IRC se tornará obsoleta em 2025. O órgão internacional de iluminação anunciou que todos os profissionais passem a utilizar a métrica Índice de Fidelidade de Cor nas especificações e projetos por apresentar maior fidelidade na renderização das tonalidades. Uma mudança que indica a semelhanças das cores sob fiéis em comparação com a luz solar. Na prática é desenvolver uma luminária mais próximo possível da referência da tonalidade da luz solar. E para chegar esse índice de referências são utilizadas novas métricas como o TM30 que oferece uma gama maior de dados com 99 tonalidades de paletas ao invés de 8 como utilizado até recentemente. Uma tendência de fidelidade de cor muito utilizada em lojas de roupas, joalherias e hortifruti. No design de interiores é utilizada para destacar obras de arte. Um exemplo é uma tradicional loja de roupas esportivas que utiliza lâmpadas no provador para que o cliente possa analisar o look sendo usando durante o dia e à noite.
Uma importante ferramenta que também desempenha um papel essencial na iluminação é SDCM, Desvio Padrão de Correspondência de Cor. Uma medida que pode expressar os 50 tons de branco. Expresso em “MacAdam Ellipses” ou “steps”. Num cortineiro existe a possibilidade de perceber a diferença na cor. Num quadrante com um chip de led com 2700 pode variar para 2600 a 2800. O indicado é que as empresas que produzem essas luminárias utilizarem o mesmo quadrante porque isso possibilita que daqui a 6 meses se precisar trocar ou até mesmo complementar a iluminação tenha a mesma tonalidade.
O minimalismo também trouxe transformação para o UGR, índice de ofuscamento. Utilizado para avaliar conforto visual em ambientes como escritórios, ambientes de trabalho e escolas. Sendo em uma escala abaixo de 19 é considerado ótimo. O UGR leva em consideração o brilho da luz e por isso os refletores tem um black piano ou um branco acetinado para não gerar ofuscamento. Isso permite que você esteja numa sala com uma luz direta que não crie ofuscamento.
O diferencial da linha picco é a dimerização. Neste contexto, é importante avaliar o protocolo de automação. Na linha picco os compatíveis são o Triac e o Dalli, que é um sistema digital e diferenciado permitindo chegar até 100.
Os conceitos da linha picco revelam produtos com ótica miniaturizada, proporcionando alto conforto visual. Sem o uso de estruturas robustas, mas sim amplas oportunidades de versões. Inovação na simplicidade, é o resultado de um processo integrado envolvendo várias disciplinas: ciência da iluminação, tecnologia, design e cultura. O sistema é uma ferramenta múltipla, flexível e universal.
O conteúdo completo da palestra com Rafael Beg que determinou os pontos abordados nesse texto estará disponível no canal oficial do NCD no Youtube a partir do dia 06 de maio. Descubra as potencialidades do minimalismo.
