03/05/2024 - Comunicação NCD
Vamos jogar Jenga? Isso, mesmo! O jogo de estratégia e
movimentos, para passar os blocos da base para o topo, exige habilidade e
cuidado para não derrubar a torre. A brincadeira comum de várias gerações é
também inspiração para os prédios e escritórios empilhados que trazem uma inovação
geométrica. A construção cria uma memória afetiva do instigante desafio do
jogo, uma forma divertida de estimular concentração, raciocínio, lógica e muito
equilíbrio. Essa também é a sensação que as estruturas com vãos salientes,
cavidades recuadas e terraços escalonados criam ao olhar as paredes que parecem
blocos de madeira. É a estética assimétrica semelhante à Jenga, que faz os
edifícios parecerem realmente pixelizados à distância.
A arquitetura reconhecida como uma versão pop da edificação
traz a essência do nome Jenga, derivado da palavra suaíli Kujenga, que
significa 'construir'. O estilo moderno aparece no arranha-céu de 77 andares do
MahaNakhon de Buro Ole Scheeren em Bangkok. A torre mais alta da Tailândia
é considerada o “Príncipe dos Pixels”. Uma inovação com recursos
de um estilo que tem em média 10 anos e aparece como algo inusitado nas
cidades. As varandas em cascata do 251 1st
Street by ODA em Nova York também revelam essa técnica nas residências
dos andares superiores um espaço ao ar livre e vista para o horizonte de
Manhattan. Os terraços recuam e sobem em uma conexão com a 1st Street e a
movimentada 4ª Avenida.
As estruturas até podem parecer inacabadas, como se o
jogo estivesse abandonado no meio da partida, mas passam por um momento “influencer”
que já domina as cenas nas cidades do mundo e revelam soluções atemporais e
modernas. É o caso do The Entrelace
de Buro Ole Scheeren em Singapura que experimenta o estilo Jenga,
empilhando enormes volumes de cubos para criar um modelo de habitação. A estrutura
tem 31 blocos, com 1.040 apartamentos de tamanhos variados, que reúnem oito
grandes pátios hexagonais e espaços comuns ao ar livre. Uma visão projetual que
traz identidade à cena urbana, adicionando uma série construtiva icônica no
século XXI nos horizontes das rotinas frenéticas da cidade.
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