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Expectativas para o mercado imobiliário em 2022.

31/12/2021 - Schayla Jurk

A mudança de comportamento em 2020 imposta pela pandemia do coronavírus trouxe significativos reflexos para o mercado imobiliário em todo país. A vontade de uma casa com mais espaço, um lugar para trabalhar e também praticar atividade física e áreas de lazer mais confortáveis determinaram a premissa de um lar acolhedor e completo. Por longos meses, as casas e apartamentos, territórios exclusivos da população em distanciamento social, despertaram alterações na rotina que determinaram um olhar mais apurado para as necessidades dentro dos ambientes. 




Diante deste cenário, o setor da construção começou 2021 com expectativa de crescer 4% no ano. Em março este índice recuou para 2,5%, mas na metade do ano uma nova projeção da Câmara Brasileira da Indústria da Construção prevê que fecharemos 2021 com crescimento de 4%. Esta porcentagem é a maior desde 2013. Enquanto não passamos a régua neste ano e os dados dependem do fechamento de 2021 para consolidar as expectativas, os especialistas já analisam o cenário para os próximos meses. Aí surge a pergunta: quais são as tendências do mercado imobiliário para 2022?




Desaceleração na construção civil e estabilidade no mercado imobiliário. A baixa nas taxas de juros em 2021 trouxe oportunidades para o investimento em imóveis e determinou um crescimento no setor, mas as projeções da taxa Selic para 2022 são acima dos 10% ao ano. Esse índice depende de uma série de variáveis que compõem essa projeção. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, divulgada em 14 dezembro, a avaliação deste riscos indica que “novos prolongamentos das políticas fiscais (aumento de gastos públicos) de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada (procura por bens e serviços) e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco (relação entre risco e rendimentos de investimentos) do país”. Diante deste cenário a projeção para a taxa é de 12,25% em 2022 e 9,50% em 2023. Esses dados devem impactar no mercado imobiliário que esteve bastante aquecido em 2021 com a concessão de financiamentos pelos bancos. 




Uma pesquisa da Consultoria Brain, com os principais empresários do setor de imóveis do país traz um panorama do setor a partir de eixos que incluem possibilidades de crédito imobiliário, intenção de compra e expectativas para o próximo ano. No estudo, o indicativo da inflação é considerado um limitador para o financiamento imobiliário. A instabilidade das taxas de juros indica uma estabilização natural ao longo dos anos. 




Em relação ao cenário da construção civil a Câmara Brasileira da Indústria da Construção divulgou o estudo “Construção Civil: desempenho 2021 e cenário para 2022”. O principal ponto de atenção indica desaceleração passando de 7,6% em 2021 para 2%. Estes dados são resultado de um levantamento desenvolvido em parceria com a Ecconit Consultoria.




Os spoliers dos especialistas direcionam para uma tendência de projetos cada mais vez mais sustentáveis em 2022, a adoção de novas tecnologias para venda e aluguel de casas e apartamentos será quase uma obrigação e promete novidades para o próximo ano. Além disso, permanece a intenção de espaços maiores e com áreas de lazer completas que atendam todas as demandas de socialização. O home office continuará demandando uma atenção especial nas propostas com o regime de trabalho híbrido e com um cuidado com os espaços corporativos no “pós-pandemia” priorizando a qualidade dos escritórios em imóveis de alto padrão e área verde. Aliás, os imóveis de alto padrão, com espaços maiores para as famílias também estarão no foco do setor imobiliário e do consumidor em 2022.




Fonte: euqueroinvestir, Agência Brasil, Consultoria Brain, Revista Exame.

Fotos: Freepik

 

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